São tantas opções para decorar a casa com revestimentos que fica cada vez mais difícil saber qual a melhor. E para apimentar ainda mais essa dúvida, vale a pena conhecer o granilite -- uma opção elegante, prática e muito interessante para revestir pisos.
O uso do granilite não é tão comum quanto o de outros materiais, como a cerâmica ou porcelanato, mas essa é sem dúvidas uma ótima opção para quem ama ambientes mais rústicos e de forte personalidade.
Entre as maiores dúvidas de quem escolhe o granilite como opção, está a sua semelhança com o marmorite quanto a execução. Ambos são os chamados pisos monolíticos, que são tipos de pisos sem juntas aparentes e com excelente resistência.
Ainda comparando com outro tipo de piso, como o cimento queimado, o granilite é muito mais resistente, já que conta com minerais que garantem maior durabilidade. Por esse motivo, o granilite é muito comum em locais de grande circulação de pessoas, como shoppings, hospitais, supermercados e outros espaços públicos.
Para saber um pouco mais sobre seu uso, aplicação e principais cuidados, trouxemos abaixo um guia completo que vai ser muito útil caso você esteja interessado no uso do granilite. Temos certeza de que conhecendo mais a fundo o manuseio, aplicação e suas vantagens, aumentará bastante o seu interesse nesse tipo de revestimento com ótimo custo-benefício para a sua casa.
Siga conosco, confira e inspire-se!
O granilite é uma mistura de cimento, grânulos de materiais, como mármore, granito, quartzo e calcário, areia e água. Esse tipo de revestimento pode contar com colorações diferentes se for incluído na mistura o óxido de ferro.
Quando bem produzido, o granilite pode ter a durabilidade de até 40 anos caso não seja colocado em contato continuamente com produtos abrasivos, o que pode representar um custo-benefício excelente para aplicações residenciais ou comerciais.
Mesmo sendo semelhante ao cimento queimado, o granilite é bem mais resistente devido à mistura com grânulos de minerais.
São dois os principais tipos de granilite encontrados: o fulgê e o polido, que têm como principais pontos de diferença a textura. Enquanto o fulgê é preparado para manter a aparência dos pedriscos em relevo, o polido é alisado com uma camada de resina, que pode ser acrílica para aplicações em bancadas ou paredes ou, ainda, poliuretânica para o piso.
Por ser preparado com uma lavagem na etapa final, o fulgê é também conhecido como granilite lavado.
Ambas as opções são interessantes para decorações mais moderna ou rústicas, de acordo com a personalidade decorativa do ambiente.
São quatro tamanhos diferentes, que vão de 0 a 3, comumente encontrados no mercado. A escolha varia de acordo com o local onde o granilite será aplicado. Paredes, por exemplo, pedem a utilização técnica da granulação 1, enquanto os granulos maiores são mais utilizados em pisos com grande circulação de pessoas.
Embora seja mais comum a mistura de diferentes minérios, é possível escolher apenas um para compor a peça de granilite. O quartzo, por exemplo, oferece maior resistência, enquanto o mármore tem desgaste mais fácil. Vale ainda lembrar que a aplicação contínua de abrasivos pode desgastar mais facilmente as peças.
É fundamental que o local onde será aplicado o granilite seja livre de ondulações. Isso será imprescindível para a durabilidade da peça. Outro ponto importante é que a superfície seja áspera para que a massa tenha aderência facilitada.
As paredes que terão esse tipo de aplicação devem estar muito bem aprumadas, assim como áreas com presença de água, como o banheiro e áreas externas, deverão prever o deságue.
De maneira geral, o granilite nunca deve ser aplicado em superfícies de gesso, fibrocimento ou cal.
O granilite polido não deve ser utilizado em locais que tenham presença constante de água, já que é muito escorregadio. Para esses locais, assim como escadas, é preferível utilizar o fulgê que é naturalmente antiderrapante.
Entretanto, o uso de fulgê não é indicado para bancadas de cozinha, já que sua superfície áspera dificulta a limpeza rotineira, além de não poder ter contato com materiais ou até mesmo alimentos com alta acidez, já que pode manchar ou ser danificado.
É muito importante que o local esteja limpo e nivelado e as placas devem ter, no máximo 1 m2. Além disso, é importante utilizar juntas de metal para que não ocorram fissuras no material.
A aplicação deve ser em camadas com cerca de 10 mm de espessura, além de ter o cuidado para que as juntas estejam retas e alinhadas, garantindo que as funções sejam mantidas.
É importante contar com mão-de-obra especializada para que as medições sejam feitas corretamente, assim como a aplicação. Dessa maneira, haverá maior durabilidade do material no local.
Primeiro é necessário espalhar e desempenar a massa de granilite sobre a base, depois, adiciona-se os grãos que ficarão na superfície. O próximo passo é alisar a base com uma desempenadeira de aço e aguardar a cura da massa por cerca de uma semana.
Depois de seco, será necessário definir se o granilite será fulgê ou polido. No caso do granilito fulgê o cimento sobre as pedras deverá ser removido com o uso de uma esponja úmida, o que levará com que a camada passe por mais alguns dias de secagem. Após isso, as pedras deverão ser limpas e pronto: o revestimento estará ponto para ser usado ou ainda, ser resinado.
Já no caso do granilite polido, após a primeira secagem, será necessário aplicar o polimento grosso e a estucagem, que irão preencher os poros abertos. Para que o acabamento fique com bom aspecto, a estucagem realizada deverá ser da cor exata da massa do granilite, caso contrário, surgirão manchas na superfície.
Uma boa dica é que o polimento seja realizado em um local com ótima iluminação, que facilitará o encontro de possíveis imperfeições. Após isso, haverá uma nova cura por dois dias e, por fim, o polimento fino e a aplicação de resina.
Como não demanda a polimento, a aplicação do fulgê é mais rápido, mesmo que peça mão-de-obra especializada e seja um pouco mais demorado no assentamento.
Para base de cálculo, saiba que em uma área de até 60 m2, o tempo de aplicação do granilite polido pode demorar 20 dias, enquanto que o do granilite fulgê é de cerca de 12 dias.
Jamais. O granilite faz grande sujeira durante sua aplicação, além de ser uma massa molhada que pode ser facilmente danificada antes de estar totalmente seca. Além disso, a versão polida demanda o uso de uma máquina, deixando para trás a poeira de resina, que é fortemente tóxica à saúde.
Portanto, recomenda-se o uso de máscara durante a aplicação, boa ventilação para a secagem e jamais manuseio do pó de resina.
Para a limpeza, utilize apenas vassoura e sabão neutro. Produtos abrasivos nunca devem ser uma opção, pois prejudicam a superfície da massa.
Caso seja necessária uma faxina mais pesada no piso de granilite fulgê, utilize uma lavadora de alta pressão com a regulagem em formato leque.
Nos pisos polidos é provável que após alguns anos seja necessário reaplicar a resina, que poderá ser a poliuretânica ou acrílica (em caso de bancadas).
De maneira geral, o bom aspecto pode ser preservado com o uso de vera a cada quinze dias. Caso o piso fique muito liso com a aplicação da cera, remova ela utilizando outro produto que seja a base de água – não abrasivo.
Lembre-se de que com os devidos cuidados, o piso de granilite pode alcançar a durabilidade de 40 anos, o que é excelente para economizar com possíveis reformas.