Os Abrigos da Eira são um projecto da autoria do ateliê PLANO HUMANO ARQUITECTOS sediado em Lisboa. Este é um projecto de construção modular, desenvolvido para o Corpo Nacional de Escutas – Junta Central, localizando-se em Idanha-a-Nova.
O projecto é uma combinação de 8 cabanas para abrigo, sendo até hoje construídas apenas 2. Este é um projecto que combina dois contentores pré-fabricados pela Jular.
Os módulos de base a este projecto são unidades rectangulares de 3,30 metros por 6,60 metros.
Com a união de dois destes módulos, colocados lado a lado, ligeiramente desfasados um do outro, surge assim o abrigo, que comporta um quarto e uma casa de banho, em cada módulo, criando um pequeno espaço distributivo quando estes se unem.
O acesso ao abrigo foi construída através de uma plataforma de nível em deck, esta tem a dimensão de 1,20 metros de largura e 6,60 metros de comprimento, mantendo assim uma relação directa com os módulos, sendo mais fácil a sua implantação.
Para guarda-corpo o ateliê levou em consideração o seu cliente, utilizando assim alguns elementos usados frequentemente pelo Corpo de Escutas, a corda em sisal. Para tal foi usada uma leve estrutura metálica que suporta um toldo que permite sombrear o acesso, assim como suporta as cordas verticais do guarda corpo.
Para a implantação destes abrigos, construídos sob módulos, no terreno foi usada uma estrutura simples de madeira tratada. Através das estacas de madeira foi possível criar uma superfície de nível para a colocação directa dos abrigos, não tendo um impacto bruto no terreno e não é necessário uma modelação do território extensa.
Sendo este apenas um abrigo para vivência temporária, a praticidade e o funcionalismo foi o principal enfoque deste projecto, assim o interior dos abrigos da eira surgem simples, revestidos com um aglomerados de madeira, permitindo um maior controlo térmico assim como o pavimento vinílico, que permite uma fácil limpeza e durabilidade.
Sendo este um abrigo, o impacto no território deve ser o menor possível, para tal a iluminação resume-se ao extremo necessário, como os pontos de iluminação no acesso aos módulos e iluminação interior que se projecta no exterior de forma suave.
Para unir os dois módulos pelo exterior a solução encontrada foi a criação de um deck exterior que possibilita a conexão dos módulos e proporciona um espaço espaço exterior de lazer e convívio; uma das premissa da vida escutista, assim como permite uma esplêndida vista sobre o território.
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